Nunca deixou de acreditar no amor, mesmo com a vida atropelando seus sonhos. Nunca perdeu a fé na felicidade dos dias, mesmo quando sentia-se triste. Via a vida passar rapidamente e sem freios pela janela. Não esperava novidades, também não tinha mais os sonhos adolescentes. O olhar maduro, apesar da pouca idade e o coração com suas cicatrizes, não viam perspectivas se não o repetir-se dos dias sempre iguais.
Mas lá no fundo sempre existia aquela vontade louca de ser arrebatada pelo amor. Aquele desejo quase oculto de sentir-se suspensa no ar, de apaixonar-se enlouquecidamente como toda a paixão há de ser.
Escondida em si mesma rezava baixinho. Pedia aos céus fôlego novo. Vida nova... Pedia sossego pra alma, impulso para os dias, paixão para o coração e paz...paz! Pedia uma vida tranquila mas intensa, fervorosa, quente, leve, solta. Ahhh...quantos desejos tinha.
Quando menos esperava...em mais um dia qualquer de uma vida qualquer, deparou-se inesperadamente com sua alma gêmea. Reconheceu-a de imediato. E assim como o abrir de asas de uma borboleta, sutil e doce...deixou-se levar... e desde então nunca mais tocou os pés no chão.
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