domingo, 6 de março de 2016

Sobre fins!

Diz-se dos humanos seres racionais. Muitas vezes duvido dessa afirmação. Me pego pensando aonde está a razão por trás de algumas atitudes vindas desses seres supostamente racionais. Talvez essa incongruência do meu pensamento seja apenas o reflexo do fato que existem diversas razões. Diversas formas de razão. diversos Eus impondo ao mundo sua razão pessoal, sua forma de pensar e agir.

Existem momentos da vida nos quais estas diversas formas de racionalizar se mostram ainda mais evidentes em suas diferenças. Um destes momentos são os fins. Os finais sempre tem o poder de mudar a cabeça das pessoas, ou quem sabe, de mostrar a pessoa que realmente se é, lá no inconsciente. Agindo em impulsos, a razão se perde em meio a corações partidos, lágrimas e conversas intermináveis e geralmente inconclusas.

No entanto, me apavora um pouco ver que a palavra FIM tem esta capacidade de tornar pessoas até então amáveis em leões, em ferras, em criaturas incontroláveis e acima de tudo irracionais. Criaturas capazes de matar, de judiar, de maltratar física e psicologicamente aqueles com quem viveram por anos.

No fim tudo o que se vive acaba em um mecânico separar de coisas. Os teus livros, as minhas roupas, as panelas, lençóis, os móveis. Uma casa assim como uma vida partindo-se ao meio. Bota-se em baixo do braço os pertences com o cuidado de não levar por engano nada que não te pertença, e com a mesma cautela não se deixa nada para trás.

No fim as risadas se apagam da memória. As conversas nunca existiram e vê-se apenas erros, uma infinidade deles, em todos os detalhes. No fim, só se quer correr para longe. Fugir do tumulto. E é humano...cheira a gente. E no fim... muitas irracionalidades surgem e ultimamente sair vivo já é uma grande vitória. É lamentável... humanamente lamentável.

Nenhum comentário: