segunda-feira, 2 de maio de 2016

Coisas da vida!

Insatisfeitos consigo mesmo, com as vidas conformistas que levam, as pessoas deixam de pensar. Absorvidas por uma sociedade machista, reservada e convencional, encaixam-se como peças de lego no roteiro culturalmente estabelecidos como correto e sentem-se completas e felizes por isso.

Será?

Na constante busca pela felicidade, as pessoas esquecem de se adonar de suas próprias vidas. Deixam que os dias caminhem a mercê daquilo que o mundo espera delas, e baseiam a felicidade ao cumprimento dessas regras.

E assim as pessoas continuam casando, tendo filhos e vivendo em função de criá-los. Porque ainda hoje, no século XXI, mulheres sem filhos são julgadas. São estranhamente enquadradas como infelizes, incompletas e comumente tratadas como coitadas, título de pena. 

É tão lamentável que ainda vivenciemos isso. Parecemos um bando de zumbis caminhando todos pela mesma trilha, sem desvios, sem possibilidades. Quando na verdade a vida não é assim. Temos um milhão de escolhas, a cada amanhecer podemos escolher o rumo de nossa vida. E rir ou chorar é uma escolha nossa. Assim como amortecer nossa realidade ocupando-se com a vida de outro ser para não ter tempo de olhar para nossa própria existência; é também uma opção. 

Que os próximos anos tragam liberdade de escolha e de direitos. E que possamos seguir caminhos distintos, que possamos nos dedicar a pensar sobre nossa existência, sobre nosso caminho e nosso legado. E que casamento, filhos, netos e afins possam ser peças que você escolhe se encaixam ou não na vida que você tem  e na pessoa que você é. 

Nessa semana de dia das mães, desejo coragem as que já são e lucidez as demais mulheres, Que procrie a especie aquelas que se sentem verdadeiramente aptas para essa missão sem fim. 


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